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quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Placas que Sinalizam Áreas de Pesca e de Surf em Capão da Canoa Estão em Depósitos

As placas que poderiam ter impedido a morte do jovem estão em depósito por causa da burocracia


Em um depósito, na prefeitura de Capão da Canoa, estão as placas que poderiam ter salva a vida do surfista de 18 anos. Ele ficou preso nesta última segunda-feira pela tarde numa rede de pesca. Na areia, onde elas deveriam estar, postes nus são praticamente o único rastro da sinalização para avisar sobre as áreas destinadas à pesca.

A sinalização, que já poderia ter sido instalada, está no depósito, longe das ondas, por causa da burocracia. Segundo o secretário de Turismo do município, André Avelino dos Santos, 12 placas novas chegaram na segunda-feira, depois de um processo de licitação que se estendeu por cerca de quatro meses. A promessa é que sejam colocadas a partir de hoje.

— O material tem de passar por licitação. Houve recursos e demorou. O vencedor foi uma empresa de Santa Catarina, que só nos forneceu nesta semana – explicou Santos.
Sem a placa, a vítima e seu grupo de amigos avançaram, sem perceber, para uma área restrita à pesca. Com a forte correnteza, os jovens acabaram percorrendo quase dois quilômetros em direção ao norte e ultrapassaram o limite destinado a lazer e esporte.

Na divisa entre as áreas, restou apenas o poste, sem a placa que deveria alertá-los. Cerca de 200 metros adiante, amarrado a um carretel de madeira, o cabo de pesca segue em direção ao mar e se perde 300 metros para dentro da água. A corda está no local correto, dentro do setor de pesca. Cerca de 500 metros depois, há outro poste, também sem sinalização.

Numa orla de 19 mil metros, Capão tem metade da extensão destinada à pesca. A demarcação parece uma colcha de retalhos, transformando cada metro de praia numa arapuca. Na divisa de cada área, deveria haver placas e postes pintados com cores diferentes. Próximo da temporada de verão, poucas restaram.

— O material foi furtado ou alvo de vandalismo. Fiscalizamos, mas é difícil controlar — afirma o secretário.




Placas de demarcação de surfe e pesca são recolocadas após morte de surfista em Capão.


Placas de demarcação de surfe e pesca começaram a ser recolocadas hoje na beira da praia de Capão da Canoa, três dias após a morte do surfista Tiago Ruffato. Segundo a prefeitura, o serviço já estava programado antes da tragédia.

Quanto a investigação da morte, a polícia adianta ser muito difícil apontar um culpado na área criminal. Segundo o delegado Heraldo Guerreiro, o jovem entrou no mar em uma área de surfe, mas a correnteza o levou para uma área de pesca. O delegado de Capão espera a necropsia para encaminhar o inquérito. Segundo ele, a prefeitura pode ser responsabilizada, se for comprovada a negligência.

O Ministério Público também segue trabalhando no caso.



Thiago Rufatto ficou enrolado em uma rede de pesca


Vamos rezar para que isso tenha um fim e não ocorra mais mortes no Rio Grande. Pois homens estão morrendo como os peixes.

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