Quanto ao design, as quilhas fixas quanto removíveis, imensa gama de modelos alteram consideravelmente o funcionamento da prancha. Uma quilha maior proporciona maior segurança em ondas maiores, ideal também para surfistas mais pesados, já as quilhas menores funcionam bem em ondas menores e com surfistas mais leves. Quilhas mais curvadas para trás funcionam bem em ondas fortes e cavadas que precisam de maior segurança. Já as com pouca curva facilitam a manobrabilidade nas ondas cheias e menores.
O posicionamento das quilhas também é o outro ponto relevante. Quilhas mais recuadas deixam as pranchas mais velozes e direcionais, porém mais duras. Já os conjuntos mais adiantadas deixam as pranchas mais soltas, porém com menos pressão. A direção e a inclinação das quilhas laterais também refletem no funcionamento da prancha. Quanto mais apontadas para o bico, mais facilmente serão feitos os movimentos de curva, em contrapartida a prancha fica menos direcional. Analisando o inverso, quilhas fugindo do bico para fora deixam a prancha mais direcional, porém mais dura nos movimentos de curva.
A inclinação das quilhas laterais também reflete nesse comportamento, quanto mais próximo de um ângulo de 90º (mais em pé) deixam a prancha mais direcional, porém bem dura nos movimentos de curva. Aumentando sua inclinação a prancha se torna mais maleável nas curvas.
O foil longitudinal é responsável pela entrada e saída d´água.
Segundo o Teorema de Bernoulli, " a pressão é mais baixa quando a velocidade
de um fluido é rápida e é mais elevada quando a velocidade do fluido é baixa." Quando a quilha corta a água as moléculas do fluido se dividem, uma parte passa pelo lado com foil e a outra parte passa pelo lado sem foil. Devido a um princípio físico, exatamente as mesmas moléculas que estavam juntas antes dessa divisão tendem a se encontrar no final do percurso. Para que isso aconteça a velocidade do fluido no lado do foil tem que ser maior que do lado sem o foil para que dê tempo de se encontrarem no final. Voltando a Bernoulli, quando a velocidade do fluido é rápida diminui-se a pressão. O aumento da pressão prejudica a estabilidade da prancha. Hoje em dia temos alguns modelos de quilhas laterais com foil nos dois lados, o interno menos curvado que o externo.
As pranchas tri-quilhas é com certeza uma unanimidade desde seu lançamento pelo o Australiano Simon Anderson é um dos modelos mais usados em todos países. Shapers do mundo inteiro vem pesquisando e desenvolvendo modelos de designs, outlines , angulação e posicionamento das quilhas em relação ao desempenho da prancha. Aqui vamos ver algumas pesquisas que influenciam diretamente no funcionamento das quilhas em relação ao shape da prancha.
A) - Posicionamento do conjunto das quilhas
O conjunto da 3 quilhas colocadas mais atrasadas (próximo a rabeta) deixa a prancha mais veloz, porém menos maleável na hora de fazer as manobras. Colocadas mais adiantadas, tornará a prancha muito mais solta, porém irá prejudicá-la na sua velocidade. O equilíbrio está ligado diretamente ao posicionamento do surfista sobre a prancha se o seu pé traseiro é colocada mais adiantado ou atrasado e de que maneira impõe esta força sobre a prancha.
B) - Angulo Longitudinal em relação ao bico
Quilhas mais paralelas proporciona maior velocidade, deixando um pouco presa a prancha, indicado para surfistas que impõe mais pressão na prancha.
Quilhas mais apontadas para o bico, deixa a prancha mais solta, ocasionando perda de velocidade pelo atrito causado nas quilhas, para surfistas que impõe menos força na rabeta e tem um pouco mais de experiência.
C) - Angulo das quilhas em relação ao fundo
Quanto mais inclinada em relação ao fundo, maior será a facilidade de troca de borda, quando inclinada em excesso a prancha poderá derrapar.Quando as quilhas são menos inclinadas endurece um pouco a prancha deixando mais presa. A angulação varia muito de surfista para surfista dependendo do fundo e a pressão exercida na prancha.
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